segunda-feira, 29 de junho de 2009

MINHAS CONSIDERAÇÕES SOBRE A MORTE DE MICHAEL

Nós, da Livro de Rituais S.A., estamos todos num caso de depressão aguda, causada pela morte trágica do nosso querido Rei do Pop. Michael Jackson está morto. Sentados todos juntos no chão da sala, enrolados no mesmo edredon, com as luzes apagadas e as cortinas fechadas, nós ficamos assistindo a todos os videoclipes antigos do Michael. E chegamos às seguintes conclusões:

1 - Uns dias antes de Michael, David Carradine morreu batendo punheta de um modo bem criativo. Já foi triste perder o caminhante sisudo da antiga série Kung Fu e eterno desafeto da Uma Thurman em Kill Bill, mas no mesmo dia que Michael morreu também perdemos Farrah Fawcett, a Pantera daquele maravilhoso pôster do maiô vermelho, e Ed McMahon, um velhinho muito gente fina e parceiro de Johnny Carson. Caramba... A Dona Morte resolveu fazer um rapa nas celebridades americana dos anos 70 e 80? Cuidado Stallone!


2 - A morte de Michael Jackson é mesmo um grande tapa na cara dos comediantes. Nos últimos anos, todo piadista que se preze tinha em seu repertório algumas tiradas sobre Michael e suas doideiras. Filmes, seriados, desenhos, todos apontando o dedo e rindo! Rindo! Se dependesse da mídia, Michael teria se tornado em uma paródia de si mesmo, o que praticamente chegou a acontecer. Ah, mas agora ele está morto! Agora o assunto é sério. Se alguém fizer alguma piadinha tirando sarro dele, mesmo que se ouça risadas, haverá uma certa frustração. Afinal, a grande vantagem de morrer é estar a frente de todo mundo, e automaticamente a prova de balas no que se refere a comédia. A piada sempre depende de um pouco de humilhação. Mas claro, ainda se pode brincar com toda a reação que se teve à notícia. E há piadas mais sutis, como todo o circo montado em cima dele. O pai brincalhão tirando fotos com a imprensa. A venda de ingressos para o funeral. Desse tipo de humor "a la Woody Allen" ninguém escapa.


3 - Quando nasci, já existia Michael Jackson. Tomei conhecimento dele na fase "branquelo esquisito que fazia clipes maneiros", e adorei. Vivi minha vida inteira num mundo com Michael Jackson. Mesmo que não prestasse atenção, eu sabia que ele estava por aí. Agora, francamente, eu não sei onde diabos eu estou.


Adeus, doce príncipe.

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